Entendendo a pré-eclâmpsia
A pré-eclâmpsia é um problema que pode acontecer na gestação. Ela inclui pressão sanguínea alta (hipertensão), inchaço e sinais de problemas nos órgãos. Pode surgir por volta da 20.ª semana de gestação ou até no período pós-parto. Muitas vezes, ela passa em até 12 semanas após o parto. Pode causar graves riscos de saúde para você e o seu bebê. Durante a gestação, o seu médico observará a sua pressão sanguínea.
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A sua pressão sanguínea será monitorada regularmente durante a gestação para ajudar a verificar a pré-eclâmpsia. |
Perigos da pré-eclâmpsia
Se não for tratada, a pré-eclâmpsia pode causar problemas para você e seu bebê. A placenta é o órgão que nutre o seu bebê. Ela pode se desprender da parede do útero. Isso pode colocar o bebê em risco de desenvolver problemas de saúde (sofrimento fetal). Pode colocar o bebê em risco de nascimento prematuro. Mesmo que a pré-eclâmpsia passe nos dias ou semanas após o parto, pessoas com pré-eclâmpsia têm um risco vitalício maior de desenvolver doenças cardiovasculares.
A pré-eclâmpsia também pode causar esses problemas de saúde:
Quem corre risco de ter pré-eclâmpsia?
Ninguém sabe o que causa a pré-eclâmpsia. Ela pode acontecer com qualquer gestante. Porém, certos fatores aumentam seu risco. Você pode precisar tomar uma dose baixa diária de aspirina se estiver em risco de ter pré-eclâmpsia.
Você está em maior risco de pré-eclâmpsia se tiver qualquer um desses:
Você tem maior risco, se um desses se aplicar a você:
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Esta é a sua primeira gestação
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Você está grávida de gêmeos ou mais
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Você tem menos de 18 ou mais de 40 anos
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Você realizou fertilização in vitro
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Você é negra
E você corre um risco maior se tiver tido qualquer um destes problemas em uma gestação anterior:
Sintomas
Um sintoma comum de pré-eclâmpsia é pressão sanguínea alta. Outros sintomas podem incluir:
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Ganho de peso rápido
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Proteínas na urina
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Dor de cabeça
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Dor no lado direito da barriga (dor abdominal)
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Problemas de visão, como clarões ou manchas
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Inchaço (edema) no rosto ou nas mãos (mas isso também geralmente ocorre perto do fim de uma gestação normal)
Exames que você pode fazer
O seu médico irá querer aferir a sua pressão sanguínea. Isso precisará ser feito com frequência durante a sua gestação. Se a sua pressão sanguínea estiver alta, você pode fazer estes exames:
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Exame de urina em busca de proteínas
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Exames de sangue para confirmar a pré-eclâmpsia
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Monitoramento fetal para garantir que o seu bebê esteja saudável
Tratamento da pré-eclâmpsia
A pré-eclâmpsia quase sempre termina logo após o parto. Até ela terminar, o seu médico pode ajudar a lidar com ela.
Se os seus sintomas forem brandos, você pode precisar:
Se os seus sintomas forem graves, você ficará no hospital. O tratamento aqui pode incluir:
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Limitações da sua atividade. Isso ajuda a controlar a sua pressão sanguínea. Você não deve levantar nenhum objeto pesado. Você terá que passar oito horas por dia deitada com os pés para cima.
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Gotejamento de magnésio intravenoso (IV). Isso é feito durante o trabalho de parto. Serve para evitar convulsões
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Trabalho de parto induzido ou cesariana. Na maioria das vezes, a pré-eclâmpsia passa depois de dar à luz ao seu bebê.
Quando ligar para o seu médico
Ligue para o seu médico se os seus sintomas começarem rapidamente ou forem graves. Isso inclui inchaço, ganho de peso ou outros sintomas. Alguns casos de pré-eclâmpsia são mais graves que outros. Os seus sintomas também podem mudar ou piorar conforme a data do parto for se aproximando.
Após o parto
Na maioria dos casos, a pré-eclâmpsia passa sozinha logo após o parto. Geralmente, em até 12 semanas após o parto. Dentro de alguns dias após o parto, a sua pressão sanguínea, inchaço e outros sintomas devem melhorar. Porém, para algumas pessoas, os problemas gerados pela pré-eclâmpsia podem continuar após o parto.
Pré-eclâmpsia pós-parto
A pré-eclâmpsia que se inicia depois do parto é rara. Há dois tipos:
Esses dois tipos são raros. Porém, ligue para o seu médico imediatamente se você tiver sintomas de pré-eclâmpsia após o parto.
Quando os problemas da vida afetam a sua saúde
Muitas coisas no seu cotidiano afetam a sua saúde. Isso pode incluir transporte, problemas financeiros, moradia, acesso a alimentos e assistência infantil. Se não conseguir comparecer às consultas médicas, pode não receber o tratamento que precisa. Se tiver pouco dinheiro, pode ficar difícil pagar pelos medicamentos. E morar longe de um supermercado pode dificultar o acesso a alimentos saudáveis.
Caso tenha algum receio relacionado a essas ou outras áreas, converse com a sua equipe de saúde. Ela pode lhe indicar recursos locais que podem ajudar. Ou pode ter um membro da equipe que possa ajudar.